Os que amam, pobres deles!
Ofuscados pelo mais ardente fogo da paixão
Que fumaça bastante levanta
E cinzas demais deixa pelo seu rastro destrutivo
- "Grandes paixões constroem a vida
Salva a destroçada vida
Purgatório daqueles pecadores!
Apaixonem-se, que é esse
O grande absinto da fraqueza carnal"
Mentira!
Abissais seres os que dizem isso
Nesto árido e estéril solo em que psiamos
Reinam a ambição, a obsessão, e o imediato prazer
Ridículos humanos!
Sempre desejar a morte do próximo, em vez de amá-lo.
- "Paixão, ardor invisível,
Sentimento máximo do nobre coração humano!
Acreditem no amor, pois salvá-los-á"
Farsa!
Não troque um sentimento tão harmonioso
Por outro tão vil e ardiloso
Como posso acreditar em algo tão ilusivo,
Tão morto, tão mortal?
- "São vocês tão pessismistas?
A paixão é natural,
Selvagem instinto humano
Sinta o ardor do sangue
Pulsa esse pelas suas artérias
Levando esse sentimento tão honrado
Para seu coração"
Dissimulações!
Ao mesmo tempo que sentimos o rubro calor
Vislumbramos o frio confortador do desencarne
Que se aproxima a cada Sol passado
Tudo que fala é pueril, fantasioso
Nada disso é real
E que assim seja sepultado
O sentimento mais vil da humanidade:
A paixão.
Essência Morta
Sorveis o vinho, ignorantes!!
Vidas mortas, trabalho excessivo
Mortificada carne pelo labor,
Recupere suas forças no
Alcoólico ócio
Acordais no domingo, mórbidos corpos
Assiti a reunão daqueles que devem ser santos
Motifiquem-se pelo pão Ilustrado
Daquele que parece nos ter deixado
Mas por nós sempre olha
Acreditai na propagada mentira
Famigerada pelos grilhões televisivos
Admirai as ilusivas luzes,
que ofuscam e cegam
Ríeis, do nada,
Daquela piada pueril,
Daquele falso beijo
Deixai ser alienados
Esqueçam do externo,
Importai-vos convosco mesmos
E sejais felizes,
sem nem mesmo saber
que seus corpos
São garrafas vazias
Do mais puro vinho.
Vidas mortas, trabalho excessivo
Mortificada carne pelo labor,
Recupere suas forças no
Alcoólico ócio
Acordais no domingo, mórbidos corpos
Assiti a reunão daqueles que devem ser santos
Motifiquem-se pelo pão Ilustrado
Daquele que parece nos ter deixado
Mas por nós sempre olha
Acreditai na propagada mentira
Famigerada pelos grilhões televisivos
Admirai as ilusivas luzes,
que ofuscam e cegam
Ríeis, do nada,
Daquela piada pueril,
Daquele falso beijo
Deixai ser alienados
Esqueçam do externo,
Importai-vos convosco mesmos
E sejais felizes,
sem nem mesmo saber
que seus corpos
São garrafas vazias
Do mais puro vinho.