Beleza essa que vejo da janela:
A luz esplendorosa do astro Rei
Ar tão puro, tão límpido, tão refrescante
Paisagem bonita, exuberante mata verde
Contrastando com o barulho da locomotiva
E você, ali do meu lado,
Bela que meus olhos marejava
Castanhos cabelos, pele perfeita
Olhos suaves, leve maquiagem
O cheiro da rosa dos seus poros exalando
Sangrando de deleite o ar que o absorvia
Lábios vermelhos carnudos,
Queria eu beijá-los,
Sorver a doçura do seu sorriso
Aprazer-me das curvas sinuosas de sua geometria
Passar minha mão por esse corpinho cálido
Sentir o ardor do abraço
Mais do que amor, fraternidade
Acariciar suas costas e seios,
Levemente queimados desse Sol
Quisera eu ter a sorte de falar com ela
Ouvir sua voz de veludo
Compreender toda aquela linguagem inteligente e voluptosa
"Acordai, homens, dos seus indecorosos sonhos!
Vê o pecado que cometem pensando em tais coisas
E andai para frente, avante!"
Ilusão a minha foi acreditar
Que havia alguém pra mim
Alguém tão formosa, mas tão distante
Enxergo o cinza das calçadas, o negro dos edifícios
E o verde-pálido das moitas
Cérebro imperfeito esse,
Não observa quão solitário
É o destino de seu usufrutuário.
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