Depois de mais alguns dias de um tremendo ócio, posto hoje sobre um tema mais benigno. Hoje não tô a fim de escrever desgraças de um mundo doente como esse onde vivemos. Não quero ter aquela visão tão repetida hoje em dia do mundo perfeito, em que tudo são flores. Nada disso, todos nós sabemos que essa é talvez a mais cruel, cínica e encardida mentira.
Hoje vim falar de Amor. Ou melhor, tentar definir Amor. Também não pretendo fazer isso como a um verbete de dicionário, frio, objetivo e insosso. Não faço isso porque há de se consentir que amor não é concreto. Camões estava certo quando disse que sentimento é o fogo cujo ardor é indefinível.
Quando a gente ama, sente uma melodia leve e penetrante. Tudo o que se vê, é arte pura, natural, pintada por uma tinta brilhante e esculpida pelo barro sagrado. Sim, amar não é só aquele jogo amoroso, do tipo gato e rato, encontros e desencontros, que tanto se vê hoje em dia. Porque não amar com intensidade estonteante os pais, a natureza, os amigos?? O que há para impedir isso: as imposições sociais, a vergonha, a frieza??? Não são esses motivos suficientes para impedir o avanço do Amor sobre nossas vidas.
Certas vezes na vida, nós parecemos sozinhos. Não andamos rodeados de amigos, tampouco temos um(a) companheiro(a) para compartilhar nossas mais íntimas emoções. Quem disse que estamos sozinhos? Como, se Deus (seja lá o termo que você, leitor, queira usar) tá ao seu lado, garantindo que você viva, e aprenda com tudo isso?? Como, se ao abrir janela, mesmo estando numa metrópole, você tem a sorte de ver belezas naturais, que vão das simples árvores às graciosas nuvens no céu?
Tanta gente precisa de um pouco de Amor, mas não o tem. Não falo dos solteiros somente; falo das pessoas carentes, não só os de dinheiro, mas de afeto. Esse sentimento é tão importante que a falta pode causar danos irreversíveis.
Bem, acho que falei tudo que queria falar. O resto, caso existir, fica a cargo do toque que cada um de nós dá a esse sentimento que possui mistério, encanto e ardor: o Amor.
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