Parece complicado definir tempo, mas na verdade é mais fácil do que nunca. A tarefa torna-se mais difícil porque nós mesmos somos dominados pelas nossas próprias criaturas. Porém, partindo para o principal assunto até agora, tempo é somente um ritmo criado por nós para reger a fantasia em que a nossa vida se torna a cada dia. Deveria ser mais musical, mas muitas vezes tem um ritmo repetitivo, tipo aquelas músicas adoráveis que a gente ouve nas melhores rádios brasileiras.
Historicamente, o homem sempre quis definir um fim pra sua própria saga. Não que isso um dia deixasse de acontecer, é claro. Entretanto, o que mais surpreende são os modos estapafúrdios e tolos de se fazer isso. Algo que até Wagner, Shakespeare e outros dramaturgos ririam, ante à imensa pretensão em mostrar o homem como ser pueril.
No ano de 2009, esteve em voga os filmes que seguem todo modelo criticado acima. Alguns realmente podem mostrar possíveis causas e realidades capazes de nos destruir de uma vez por todas. O último, porém, atingiu todos os patamares do exagero e do erro existentes até então. Não ficaria legal, com certeza, citar nomes, atores, diretores, ou coisas do tipo, até porque muitos podem supor que filme é esse.
Previsões não devem ser deixadas de lado, certamente. Algum grau de certeza elas devem ter. Ninguém pode, simplesmente tirar uma verdade do bolso, como se tira uma moeda. Mas supor um acontecimento que nos é distante já é demais. Entendam, não digo que a reação física envolvendo neutrinos, partículas subatômicas, seja impossível, porém é algo que nunca se verificou. Realmente, ocorrem movimentos astronômicos suspeitos, como explosões solares várias vezes acima da normal, além de possíveis mudanças no campo gravitacional ou na revolução terrestre.
Porém, há parcela de culpa dos seres humanos. Seríamos, então, destruídos pelo simples devir da natureza. Aliás, o que viria a ser natureza? Um ser capaz de nos considerar brinquedinhos a ponto de nos destruir a hora que quiser? Hoje, cita-se muito fenômenos que, somente aqui, à nossa volta, já ocorrem com toda a força. Chuvas, tempestades, ciclones, enchentes, deslizamentos de morro acontecem, mas nunca foi a uma frequência dessas. Devemos, é claro, compreender que entre a humanidade e a atmosfera possuem uma relação de dependência extrema, que poucos imaginam haver. Logo, pode-se atribuir grande parte desses fenômenos à nossas próprias ações quotidianas.
Parece fácil pra algum diretor hollywoodiano citar uma leve mudança no magnetismo terrestre como causador da catástrofes das catástrofes, pois é mais vendível. As pessoas, provavelmente, preferem ver uma destruição parcial, em que alguns poucos herois sobrevivam e tenham um final feliz a assitir a um massacre humanitário, em que tudo o que construímos ao longo de cem mil anos de história e desrespeito ao próximo e ao meio de sobrevivência vai pros ares em meio segundo.
Entretanto, mentiras contadas como verdade nunca serão verdade, assim como verdades vistas como irreais jamais serão ilusões. Conscientizar é muito importante, mas basta que se lembre que esse processo só tem sua real eficiência quando se segue o caminho da verdade factual.
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