Disse-nos o Mestre:
“Tenhais a bondade das criancinhas,
Pois é delas o reino dos céus.”
Desde quando ouvida,
Tentei praticá-la
Com o esmero todo
De minhas forças
Amei, confiei,
Transmiti carinho
Fui paciente
A resposta, porém,
A pior possível foi
Saberia como eu
As desavenças desse mundo?
Cancros perispirituais
Laços meramente carnais
Vidas só que se cruzam
Ardil, vil e ferino
Pro combate
Pátria – que esse ente é?
Apenas o espólio egóico
Uma desculpa pras pessoas
Algo terem de se preocupar
Estado atroz,
Cospes o que comes no prato
Que tão esmeramente lho demos
Talvez, nesse planeta
Melhor não seja amar,
Esse sentimento tão antiquado
Bom mesmo é sair daqui
Desse penitencial limbo
Como um anjo
Que forma
Com angelitude sairei,
Se só vejo o sadismo dos ogros
Por detrás de tantos
Paraísos parnasos?
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