- Não vês, meu moço, em que transformas a tua vida? - Falou-me a moça de olhos verde-esmeralda. Mostrava a aflição que uma mãe tem pelo seu filho, que uma amante tem quando seu amor começa a titubear em suas declarações românticas.
- Ainda procuras um caminho a seguir, sempre determinado, sempre cego pelo teu próprio ceticismo. Estás entre o Céu e o Inferno, assim o consideras, mas nem sabes como lá se chega. Buscas um sentido pra vida, devaneios e subterfúgios que te levam a esquecer seu sofrimento.
- Peraí, não sabes quem sou. Pelo menos, nunca te vi em minha vida. O que te motiva a comigo falar, ainda mais sobre tão intrínsecas questões da vida minha? Não percebes que bem estou assim, na minha dúvida eterna? - Assustado estava, pela beleza tão sensual daquela mulher falar tão sábias frases.
- És cego pelo físico, e insipiente pelo abstrato. Bem estás, mas vives não a vida. Perceba que não é à toa que vives em sociedade. Não à toa é se tua alma foi feita pra ter paixões. Procuras um sentido na vida, entretanto não percebes que a vida é uma equação indeterminada. E então, tolo, estás libidinando-te com o simples e vão questionamento? Sinal, pois, de que não sabes filosofar.
- Como atreves tu a falar-me assim? Minha filosofia é boa, e rende bons frutos a mim.
- Mais um sinal de que tua razão não passa de um monte de argumentos estapafúrdios e de fundamentos isentos. Como considerar bom aquilo que é duvidoso? Como confiar naquilo em que não se confia? Só tu mesmo, pra criar um castelo de areia, à beira-mar, ainda por cima.
- A vida...tem razão. Se não, o que dela seria? Uma viagem alcalóide aos pútridos domínios físicos? Um traço sozinho na curta e vã existência?
- Pobre tolo, que não vês o infinito na sua fronde e às suas costas. Não enxergas os opostos, num constante tempo?
- Tola és tu, que ainda te situas na Grécia antiga. Todos sabemos que não há opostos lutando entre si.
- Realmente, não há. Porém, é assim que nós percebemos o mundo, ainda. Somos muito frágeis, muito ignóbeis, ante os mistérios do Universo. Devo agora ir.
- Peraí, ainda não sei seu nome, sequer. Ainda nos encontraremos?
A praia agora mais silenciosa ficou. Ela foi andando, andando, andando, quando repentinamente a escuma nebulou seu caminho. Que graciosa mulher era aquela. Nunca pensava eu que conheceria uma mulher assim: real.
- Ainda procuras um caminho a seguir, sempre determinado, sempre cego pelo teu próprio ceticismo. Estás entre o Céu e o Inferno, assim o consideras, mas nem sabes como lá se chega. Buscas um sentido pra vida, devaneios e subterfúgios que te levam a esquecer seu sofrimento.
- Peraí, não sabes quem sou. Pelo menos, nunca te vi em minha vida. O que te motiva a comigo falar, ainda mais sobre tão intrínsecas questões da vida minha? Não percebes que bem estou assim, na minha dúvida eterna? - Assustado estava, pela beleza tão sensual daquela mulher falar tão sábias frases.
- És cego pelo físico, e insipiente pelo abstrato. Bem estás, mas vives não a vida. Perceba que não é à toa que vives em sociedade. Não à toa é se tua alma foi feita pra ter paixões. Procuras um sentido na vida, entretanto não percebes que a vida é uma equação indeterminada. E então, tolo, estás libidinando-te com o simples e vão questionamento? Sinal, pois, de que não sabes filosofar.
- Como atreves tu a falar-me assim? Minha filosofia é boa, e rende bons frutos a mim.
- Mais um sinal de que tua razão não passa de um monte de argumentos estapafúrdios e de fundamentos isentos. Como considerar bom aquilo que é duvidoso? Como confiar naquilo em que não se confia? Só tu mesmo, pra criar um castelo de areia, à beira-mar, ainda por cima.
- A vida...tem razão. Se não, o que dela seria? Uma viagem alcalóide aos pútridos domínios físicos? Um traço sozinho na curta e vã existência?
- Pobre tolo, que não vês o infinito na sua fronde e às suas costas. Não enxergas os opostos, num constante tempo?
- Tola és tu, que ainda te situas na Grécia antiga. Todos sabemos que não há opostos lutando entre si.
- Realmente, não há. Porém, é assim que nós percebemos o mundo, ainda. Somos muito frágeis, muito ignóbeis, ante os mistérios do Universo. Devo agora ir.
- Peraí, ainda não sei seu nome, sequer. Ainda nos encontraremos?
A praia agora mais silenciosa ficou. Ela foi andando, andando, andando, quando repentinamente a escuma nebulou seu caminho. Que graciosa mulher era aquela. Nunca pensava eu que conheceria uma mulher assim: real.
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