Ruínas do Castelo

...E juramos amarmo-nos pra todo o sempre
Enternecidos, olho a olho, boca a boca
Naquele edifício
Alto, que as nuvens alcançava
E a divina força emitia suas vibrações
Caía um raio sempre que chovia

Nosso Dia assim foi
O céu chorou
Deus chorou
De tristeza e de emoção
Ao pacto parlado ratificarmos

Provei eu do teu proibido fruto
E tu, do meu
Fomos, assim, expulsos
Do paraíso chamado Inocência
Ato simples, que nós mesmos tornamos pecaminoso
Sujamo-nos e suicidamo-nos
Sentes a dor do amor
E digo-te: sou eu o culpado

Fui eu o raio e o cometa ardente
Quem esmagou nosso castelo de cartas
Incinerei nossas lembranças
Queimei o teu dedo com ferro
Ardente que foi, ainda tens a marca

Era ferido, e tornei-te mais uma
Dessas borralheiras que espalham o pó
De sua dor e da indiferença de que são dignas

O que agora fazer,
Acabaram-se as desculpas
Acabou-se a sacarose
Acabou-se a força de meus músculos
Acabou-se o sangue de teu corpo
Acabou-se a festa
Nem mais há um docinho de coco
E o amor, não se acabou
Simplesmente, pois, nunca existiu
Como a minha vida

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