Point Of Turning

There was a beach, a beutiful one. The Sun has been faded, people have already gone out there. The sea beauty was silent, allowing a reflection. Waves were my only company. Something that could be my friend, though that moment. My life always has been a beautiful symphony. However, no one has wanted listening this until this time.
That human forms, I have forgiven at all. Maybe, I was wrong. Or not. I'd never find this, if that fact did not happen in my life. All was doubt, before seeing her. I have been covered by a heavy fog, made for sorrows.
Suddently, I saw her. She had a rebel hair, but it was comb; had a pale skin and a bright in the green eyes, like two emeralds. She have looked at me, worn with a long blue gown. When she did it, she smiled and said:
- Don't be afraid. You have never been alone. I'm by your side, always, but I never could meet you.
It wasn't impossible, I was scared. I have never thought meeting someone at this place. It was so beautiful to being visited frequently. I asked:
- What are your objectives? Who are you? Why meeting me here? My confusion....
- This is our common subject. We need to talk about this...
(Continuação em Português)

Feliz destino

Qual feliz destino

Teve região aquela

A mata virgem dantes

Repleta dos altos eucaliptos

E do mar, a areia branquinha

Povo? Quase nenhum

Alguns somente pescadores

Que peixes pegavam

Por inocente distração

Baixada entre o morro

E o desbravado Atlântico

Lagoas azuis como da galega

Os olhos

O empresário, então, chegou

Construiu um prédio

E logo outro o fez

Inocentemente tanto,

Que ninguém percebeu

Os generais tão-somente

Empreenderam casas

E prédios populares

Justiça era aquela

Que construía

A casa do mísero

Mas isolava-o

Da beleza da Tropical

Filial parisiense

Chegaram, destruíram,

Asfaltaram

Há pouco chegaram os

Midiáticos, os magnatas

Viva expressão da

Novo-riqueza carioca

O shopping ali veio

Trazendo consigo

Os narizes empinados,

Maiores que os próprios cérebros

Tanta pujança, riqueza tamanha

A pobreza, ali do lado,

Quase excluída

Terreno purgatório dos

Mortos-vivos econômicos

Pivetes nascidos

À porquidão do mínimo barraco

De um útero mal-desenvolvido

De uma adolescente ignóbil

Por um marginal brutalmente estuprada

Vida depravada

Descalços pés, Jesus também o fez

Não como esse moleques,

Com pés perebentos

Pelos fungos, ratos, formigas, cacos de vidro

Assumindo inúteis compromissos

Persistindo na insipiência da mãe,

Pois sumido, o pai o é

Banhos de Sol, pelo córrego

Repleto de lixo, e fezes, e cadáveres

Surfando pela imundície

Das impurezas dos favelados

E da classe emergente mediana

Aos dez, começam ao Baile ir

Pra presenciar a promiscuidade

Fazer também parte dela

Perdem a pureza nunca tida

E enveredam pelo caminho

De tóxicos, e de miséria, e de extrema loucura

Malignos alcalóides, quais os matam

E os loucos tornam

A isso paralelo,

A família do feliz magnata:

O patriarca, cedo pra trabalhar sai

Obter o sustento supérfluo da família

Passa o dia todo no ócio

De seus negócios

Ainda com uma amante mantém

Relação de frios e sórdidos desejos

A martrica, de fantasia vive

Na compras em grandes lojas

Sempre na moda está

Usa a casa como dormítorio

E de visitas, receptáculo

Toda a responsabilidade,

Deixa com a secretária, babá, empregada

Os filhos, então,

Carentes e abandonados pelos pais

Frutos vistos de salvação do casamento falso

De brisa e da herança vivem,

Alheios a tudo o que real é

As lagoas, cobertas de lixo e lama

Bactérias putrefatas anaeróbias

A morte desse verde, nas águas abundante

As praias, repletas de porcos

Tratos deselegantes,

Promiscuidade evidente

Vergonha total ausente

Que feliz destino essas paragens

Tiveram!



Diário dos que Ficaram

O hino brasileiro apresenta-se como uma das mais belas e românticas declarações de amor à pátria. Entretanto, sua estética literária, de tão formosa, esconde muitos segredos do Brasil. Sonhos, esses às vezes, ou melhor, quase nunca, são correspondentes à realidade.
Era, porém, a forma desse grupo de autores pra se expressar, através de mentiras sujas e malditas, ao contrário da consideração humano-filosófica pela sua parte. Floreios vários e inexistentes borrões, na grande aquarela que tornaram nosso país. Doçura imensa a deles transfigurar sua cega ambição econômica em amor declarado às matas nativas desse lugar. Transformaram o índio em herói, mas se esqueceram de dar aquilo que eles mais prezam: a total liberdade.
Tanta beleza, ocultando montes putréfatos de exploração, cidades fuliginosas, negros oprimidos. Agora, com o mesmo objetivo desses sonhadores, os poderosos de hoje decidiram fazer a caridade, aos olhos deles mesmos. Pra debaixo do tapete escondem a imundice que se tornou a nossa educação, que o podre ianque fez questão de esfrangalhá-la.
O paraíso tornou-se despotismo. A ditadura acabou, mas com ela, veio o rastro blenorrágico da corrupção, do desrespeito absoluto com o cidadão humilde. Os autores do hino nacional colaram da 'Canção do Exílio', louvando a pátria, mesmo que de longe. Porém, com o degredo, levaram todo o belo, mostrando-o a todos os estrangeiros. E nós, como ficamos, sem o verde forro que nos cobre?

Caim e Abel

Disse-nos o Mestre:
“Tenhais a bondade das criancinhas,
Pois é delas o reino dos céus.”
Desde quando ouvida,
Tentei praticá-la
Com o esmero todo
De minhas forças
Amei, confiei,
Transmiti carinho
Fui paciente
A resposta, porém,
A pior possível foi
Saberia como eu
As desavenças desse mundo?
Cancros perispirituais
Laços meramente carnais
Vidas só que se cruzam
Ardil, vil e ferino
Pro combate
Pátria – que esse ente é?
Apenas o espólio egóico
Uma desculpa pras pessoas
Algo terem de se preocupar
Estado atroz,
Cospes o que comes no prato
Que tão esmeramente lho demos
Talvez, nesse planeta
Melhor não seja amar,
Esse sentimento tão antiquado
Bom mesmo é sair daqui
Desse penitencial limbo
Como um anjo
Que forma
Com angelitude sairei,
Se só vejo o sadismo dos ogros
Por detrás de tantos
Paraísos parnasos?

Retrato

Essas são simples palavras, de alguém que nada conhece da vida, e nem nunca a conhecerá tão bem quanto o quer. É uma das minhas primeiras experiêcnias na poesia, forma tão nova e desconhecida que surge, e pulsa, e clama, de forma inesperada. É simplesmente algo que ainda não domino.

Estava cercado de caixas
vendo fotos, num vai-e-vem
como o vento que sopra nas faces
brancas e encardidas pela desatenção,
pelo descuido daquele que lhes escreve.
Pensei nas fotos minhas,
sorrisos e olhos congelados no papel
as emoções tão inexistentes.
Pensei que nem fosse eu ali,
na realidade, em nenhuma foto
senti-me tão autêntico
quanto na minha vida
nem na infância minhas fotos
eram fidedignas a minha 'idion'.
Quem são esses,
os sorrisos que rasgam o meu rosto
cheio de realidade,
acostumado com a vida,
essa filha-da-puta
que ora nos dá flores,
ora nos dá desgostos vários?
São retratos, falsos pedaços do Eu,
perfeitamente rasgáveis;
tenho certeza de que, há trinta anos,
se não fossem digitalizados os malditos,
os veria cheios da marcas das traças.
O retrato, com um rosto bem jovem, bem feliz,
e as mãos que o segurariam,
enrugadas pelo trabalho
e com o manejo
daquelas curvas sensuais, inconstantes
arredias como sua dona.
Pelas mãos, observo tudo o que veio antes
Todas as alegrias,
desilusões,
tristezas,
encontros.
Vi a vida,
vi a morte,
vi a ressureição,
vi a felicidade
vi o prazer momentâneo.
Tudo isso, porém,
penetrou em mim,
de forma tão profunda
mais profunda que todo o meu
montante de retratos.

Brasília: A Cidade da Esperança?

Nos últimos dias, com a chegada do Carnaval, a gente começa a saber melhor sobre os sambas-enredo que as escolas apresentarão. Uma escola aqui do Rio, e, coincidentemente, uma de São Paulo, vão homenagear os 50 anos de Brasília. Tudo isso vai ser financiado com o dinheiro do Distrito Federal, arrecadado do povo, que às vezes com muito esforço o faz. Paralelamente a isso, vemos, em todos os meios midiáticos, o escândalo da corrupção, no mesmo governo que financia desfiles pomposos. Caso esse, que culminou na prisão do próprio governador do DF. Aliás, parece que a relativamente curta história de Brasília é tão podre que nem há meios de esconder tanta impureza.
A construção de Brasília, poucos sabem, foi conjecturada muito antes da independência brasileira. Para se ter noção, uma das intenções dos Inconfidentes mineiros era centralizar a administração do país, que seria criado por eles. Desbravadores, financiados pelo governo imperial, iam até o Planalto Central, então no meio do nada, onde pouquíssimos índios habitavam, para provar que lá era o local ideal pro governo, sustentando um ideal, e não uma realidade.
O mirabolante plano tomou melhor forma na proclamação da república. Os mesmos militares parnasos e sonhadores, que utilizaram de um falso argumento pra, na verdade, aplicar um golpe político no Brasil, lotearam a área onde hoje existe Brasília e prometeram construi-la, pra integrar o interior do Brasil às áreas que eram mais dinâmicas economicamente. O único problema é que a nossa recém-nascida república tinha os políticos mais mentirosos e corruptos da história. Como diria nosso estimado presidente: "Nunca, na história desse país, houve uma corja tão forte de ladrões políticos." A sua desonestidade era tal que dá-me incrível repugnância ao lembrar das marmotas nas eleições, dos currais eleitorais, dos analfabetos funcionais, que somente eram ensinados a ler pra votar em algum candidato. Enfim, só pelos seguintes fatos, já deu pra notar que essa promessa ficou no papel, como muitas ainda hoje.
Então, chega Juscelino, nosso grande demagogo, que querendo impressionar o povo, decide tirar do papel essa idéia. Porém, o fez do nada. Simplesmente, não havia estradas pra lá, nem mão-de-obra no local demarcado. Levou tudo, desde material de construção, provavelmente já superfaturado, de avião, e mandou trazer uma cambada de nordestinos miseráveis, que ainda se orgulham por serem chamados de calangos.
Depois de gastar cinco anos construindo a cidade, toda num estilo modernista ou futurista, sobre bases podres, sobre os cadáveres dos calangos, gastando dinheiro até das reservas do país, inauguraram Brasília, no mesmo dia da morte de Tiradentes.
Voltemos ao dias de hoje. Visitei Brasília há algum tempo, e vi quão moderna a cidade é. Acontece que é impossível você andar pela cidade sem carro, o que empesteia a cidade com os conhecidíssimos Gás Carbônico e Dióxidos de Enxofre e Nitrogênio, enchendo nossos pulmões de fuligem, só que não misturados à umidade, já estamos no meio da América do Sul e num planalto de grande altitude. Observamos o centro do Distrito Federal, ou seja, Brasília, pujante, com seu povo jogando dinheiro fora, e o seu redor, miserável. É isso que agrava as nossas desigualdades sociais.
Isso me lembra um santo italiano, Dom Bosco, que é venerado em Brasília, por ter dito que sonhou com uma terra situada entre os paralelos 15 e 20 Sul, rica como a nossa capital. Se ele estivesse vivo, ou, se pelo menos, tivesse algum tipo de contato com esse santo, perguntar-lhe-ia se ele viu o seu entorno ou se verificou a existência de tanto dinheiro. Sim, porque isso ainda é uma dúvida entre todos os cidadãos brasileiros.
O Carnaval já começou e, com eles, os desfiles. A minha esperança é que a linguagem do dessa festa carioca, conhecida pela sua riqueza e incrível subjetividade, seja capaz de transmitir não só a beleza da capital do futuro, mas sim a sua verdade. Por último, dou a Brasília meus parabéns pelos seus cinquenta anos, de corrupção, egoísmo, materialismo e exclusão social.

Coisa Pública

Começo mais essa postagem com uma modificação no meu habitual perfil. Fiz dezesseis anos, e com isso, novas responsabilidades batem à minha porta. Segundo as leis brasileiras, agora eu já posso, facultativamente, votar. Mas aí eu comecei a pensar sobre o que seria o ato de votar. Observei que, estranhamente, a interpretação dada a essa ação pode adquirir diversos significados, conforme a intenção daquele que pensa.
Alguns muitos levam esse termo pro simples ato de votar. É como se somente fosse uma festa, ou um dia diferente, simplesmente. Pensa-se somente no momento, não se fazem grandes projeções, nem pequenas que sejam, sobre o que aquilo poderá desencadear em nossas vidas. O cotidiano apressado, que não permite tempo hábil para o bem pensar, além da desestimulação a esse, contribui pro agravamento desse problema.
Se bem que, não é mentira pra ninguém que o povo brasileiro sempre serviu de curral eleitoral. Os ufanistas que me perdoem, mas essa é uma verdade crucial. Nós sempre fomos treinados pra não nos importarmos com a política verdadeira, desde o berço. Quando a república brasileira foi fundada, o povão nem tinha noção do que estava acontecendo. Mal sabiam eles que aquilo era um golpe sujo dos militares, que aos poucos foi abrandado pra uma passagem dos mais destemidos, daqueles que queriam inovar e modernizar o Brasil. Mas nada disso ocorreu.
O problema fundamental, e que muitos poucos chegam a tangenciar tal questão, é sobre o que se define como cidadania. O estranho é que essa palavra já é usada há uns 2500 anos. Sempre foi puxada pro significado que proporcionasse o poder a poucos. Em Atenas e Roma, era restrita aos homens maiores de 21 anos e nascidos nessas cidades, além de serem poderosos, o que limitava a porcentagem de eleitores a menos de 10% da população. Depois das revoluções capitalistas, o voto, durante muitos anos, esteve nas mãos daqueles que ganhavam mais. O cúmulo dessa situação quase ocorreu no Brasil, em que se projetava considerar como eleitores aqueles que tivessem um número fixo de alqueires de mandioca. Por sorte, nosso primeiro ditador, Pedro I, não permitiu tal devaneio dos nossos "Reis da Cocada Preta".
Hoje, as pessoas pensam que, pra serem cidadãs, basta ter o direito a voto. Mesmo depois de tantas provas que mostram o significado acima, desde a origem da palavra, prefiro usar a minha acepção pra tal termo. Cidadania significa participar dos fatos ocorrentes na comunidade onde se vive, tentar resolvê-los, procurando primeiramente as nossas autoridades. Mas isso é utópico demais, já que nunca vi nenhum político que atendesse prioritariamente algum pedido da comunidade fora do período de eleição. Logo, devemos partir ao plano B.
Se não adiantar o pacífico, por que não tentar o mais ousado? Concordo que sou pacifista, procuraria negociar antes de atacar, mas acho que em muitas situações, poderíamos utilizar da nossa união pra promovermos protestos, mesmo que sejam pacíficos. Exemplos não faltam; basta lembrar de Gandhi. Mas esqueci que muitos preferem não pensar profundamente, então nem adiantaria. Mas, certamente há uma arma melhor, e tá sempre em nossas mãos.
É o direito de voto, aquele que confirma, e não configura, a cidadania. Então, nesse ano de eleição, em que provavelmente irei votar, vamos nos lembrar de uma coisa: voto consciente é o que há.

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